União Indústria: Detalhe de Melhoria Provisória em Bonsucesso

1. O estrada U.I. está sob administração federal (DNIT), conforme decisão judicial amplamente divulgada. Qualquer alteração, modificaçào, acréscimo ou qualquer outra forma mexer com a estrutura, arquitetura, drenagem ou sinalização da rodovia tem que ser acordado com o DNIT.

2. A PMP vem aprovando conjuntos habitacionais (estima-se com mais de 1.000 unidades residenciais) no eixo Nogueira-Correas sem planejar e construir uma infraestrura adequada.

3. No caso específico do tráfego, o crescimento da frota de veículos aliado á falta de um sistema viário local que possa absorver esse crescimento, provoca em pontos críticos redução expressiva da velocidade do trânsito e consequente engarrafamentos.

4. A artéria principal para o escoamento do trânsito nos distritos é a União Indústria.

5. Nessa via já ocorreram inúmeros acidentes, em pontos diferentes, alguns deles fatais. Não se tem conhecimento de um ponto onde a ocorrência seja maior e portanto exija um cuidado especial no projeto de recuperação da rodovia.

6. Pela falta de ação da PMP, populares construíram redutores de velocidade, sem autorização do DNIT/PMP e fora e os padrões exigidos pelo CONTRAN o que infringe a legislação vigente.

7. A falta de agentes de trânsito e as regras de tráfego com definição de horários para passagem de caminhões são cobradas pelos moradores locais a tempos e a PMP nada fez até agora.

8. A União Indústria apresenta poucas entradas e saídas. Estando com fluxo de veículos, em certos trechos, acima de sua capacidade, é preciso estudar formas de melhorar as interseções nesses pontos e/ou criar novas entradas e saídas, o que é perfeitamente possível.

9. Uma reforma no projeto da UI com um projeto de engenharia de trânsito adequado e uma ação efetiva da PMP, poderá resolver o problema.

10. A situação da entrada de Bonsucesso tem que ser equacionada à luz do que foi acima exposto;

11. A reunião do dia 19 de novembro de 2013 apresentou algumas providências de caráter emergencial e provisório, até que se tenha um projeto do sistema viário completo á luz da boa técnica de engenharia;

12. Nessa reunião tinha representantes do comércio de Bonsucesso e representantes da Hotelaria e Comércio de outras localidades que estão sofrendo os impactos econômicos advindos dos congestionamentos de trânsito constantes. Indagados sobre a retirada do redutor de velocidade existentes, sua substituição por piso intertravado colorido e sinal com temporizador ou lombada eletrônica, essa proposta teve aprovação esmagadora, desde que conjugada com a supervisão de agentes de trânsito.

Sistema Viário para Petrópolis Reune a Sociedade Civil com a Prefeitura: Mais ações são Necessárias

Em 19 de novembro a sociedade civil reuniu-se com representantes da Prefeitura de Petrópolis para conhecer o andamento do planejamento do Sistema Viário do Município.

Compareceram pela Prefeitura o secretário de obras  Aldir Cony, o subprefeito Botafogo e o presidente da CPTrans, Gilmar de Oliveira. O Prefeito, aguardado, não pôde estar presente devido a outro compromisso, agendado de última hora.

A convite do vereador Maurinho Branco compareceram representantes do setor hoteleiro, do comércio local e de organizações não governamentais, a UDAM- União Distrital de Associação de Moradores e a NovAmosanta.

Gilmar (CPTrans) deu inicio à reunião avisando que só falaria da interseção da entrada de Bonsucesso – rotatória e redutor de velocidade em frente ao Armazém do Grão: a eliminação da rotatória e sua substituição por piso intertravado colorido mais sinal ou lombada eletrônica foi bem recebido.

O estudo conceitual de mudança da rotatória foi muito criticado pela maioria dos presentes.

Além desse assunto os presentes apresentaram várias questões que consideream de suma importância:

  • a falta de agentes de trânsito sem os quais nenhum projeto funcionará;
  • a falta de definição de horários para circulação de caminhões para entrega de mercadorias;
  • a necessária proibição de passagem de carretas pela União Indústria;
  • a elaboração de um “Plano Verão” para medidas para enfrentar o trânsito nesse período;
  • a rotatória em frente ao supermercado BRAMIL construída de forma absolutamente inadequada;
  • sistema viário sem capacidade para fluir o aumento de tráfego provocado pelos empreendimentos imobiliários em implantação e sem que a autoridade pública tenha tido a menor preocupação quanto ao impacto na infraestrutura existente nos distritos;
  • falta de um planejamento do sistema viário integrado de forma a ter projetos prontos se formos chamados a apresentá-los numa segunda fase do PAC 3-Mobilidade Urbana Médias Cidades; a experiência mostra que o prazo é sempre curto para a apresentação dos projetos.

O arq. Urbanista Fernando Pereira da Cunha apresentou, como contribuição, um estudo minucioso das intervenções da União Indústria no trecho compreendido de Samambaia até Pedro do Rio.

Aguarda-se uma reunião do Exmo. Sr. Prefeito com o DNIT para definir o Convênio para a recuperação da União Indústria e sua posterior administração.

DNIT AGUARDA CONVÊNIO COM A PMP PARA INVESTIMENTO NA UNIÃO E INDÚSTRIA

[Matéria publicada no jornal Folha de Itaipava, edição 79, outubro de 2013 – Autor: Luciano do Carmo]

O engenheiro Celso Crespo, do DNIT, garante a verba de R$60 milhões para investimentos na Estrada União e Indústria.

A novela “Quem é o dono na União e Indústria?”, que se arrasta desde a década de 80, promete ter um final feliz nos próximos meses. Isso porque a solução para esse “conflito de interesses”, que vem sendo travado em meio a ações do Ministério Público Federal, decisões judiciais e pequenas obras de melhorias, parece que agora está bem perto de um solução. Em reunião realizada recentemente, em Itaipava, por iniciativa da Ong NovAmosanta, o superintendente substituto do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no estado, Celso Figueira Crespo, foi categórico ao afirmar que o Governo Federal se compromete a investir R$ 60 milhões em melhorias na estrada, tendo apenas como contrapartida a assinatura de um convênio de transferência do gerenciamento da rodovia com a Prefeitura de Petrópolis.

Ou seja: o DNIT quer entregar a estrada (hoje uma via de características totalmente urbanas) para a Prefeitura, mas exige com isso que o governo do município a adote de papel passado. Propôs duas alternativas: ou a Prefeitura adota e recebe imediatamente os R$ 60 milhões ou o DNIT realiza as obras de recuperação e a Prefeitura adota a estrada ao término das obras. Nada tão difícil assim, principalmente pelo fato do investimento que será feito pela União. “A União e Indústria é hoje uma grande artéria que está vinculada aos interesses locais, e já não está nos planos do DNIT desde que foi inaugurada a BR-040. A própria legislação nos impede de fazer investimentos nessa via, por suas características urbanas”, explicou Crespo.

Porém, uma decisão judicial, em 2010, obrigou que a União viabilizasse a recuperação da estrada, entre os quilômetros 58 e 84, trecho entre o Retiro e Pedro do Rio. O órgão investiu à época R$ 2,65 milhões na estrada em pavimentação, instalação de meio-fio, construção de muro de gabião, drenagem da pista, serviços de tapa buracos, entre outros. A ação, que resultou na condenação da União, foi proposta em 2005 pelo MPF. Nela, a procuradora Vanessa Seguezzi denunciava o péssimo estado de conservação da rodovia e o abandono do trecho entre Petrópolis e a divisa com Minas Gerais. A sentença foi assinada pelo titular da 2ª Vara Federal, juiz Fábio Nobra Brandão, em outubro de 2009. O objetivo da ação civil pública proposta pelo MPF era garantir a segurança de motoristas que precisam utilizar a rodovia.

Até então, o impasse sobre quem era o responsável pela manutenção da centenária União e Indústria (a primeira rodovia pavimentada do Brasil), que perdurava por mais de 20 anos, ocasionou o abandono da rodovia no trecho entre Petrópolis e Areal. Agora, finalmente, a situação poderá ter um final feliz.

O DNIT tem um pronto um projeto de engenharia com intervenções na estrada ao longo dos 26 quilômetros que cortam a cidade, mas não descarta a possibilidade de ajustes a esse projeto, por parte da Prefeitura, atendendo aos anseios e necessidades locais. O  representante da Prefeitura de Petrópolis na reunião, o diretor de urbanismo Orlindo Pozzato, garante que a Prefeitura vai agilizar essa transferência, pois “trata-se de interesse do prefeito Rubens Bomtempo resolver definitivamente essa questão”. Porém, ele ainda não apresentou as modificações necessárias ao órgão federal.

Enfim, todos sabemos que filho feio não tem pai. Mas adotar um filho com um dote de R$ 60 milhões, pensando bem, não é uma tarefa tão árdua assim.