NovAmosanta se Reune com a Bolsa Verde do Rio de Janeiro

Mês passado a NovAmosanta promoveu uma reunião com a BVRio para conhecer sua operação e procurarmos uma forma de associação BVRio-NovAmosanta.

Discutimos formas de cooperação com eles, sobretudo de forma relacionada a informações geográficas, assunto de que estamos tratando.

Divulgamos essa reunião porque a BVRio é um empreendimento de grande interesse para os Distritos, mas também de proprietários locais e instituições Petropolitanas. Adiante um texto sobre a BVRio.

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A BVRio é uma bolsa de valores ambientais nacional idealizada em conjunto com o setor empresarial, setor público e terceiro setor, com o objetivo de prover soluções de mercado para auxiliar no cumprimento de leis ambientais de modo mais eficiente, tanto para o setor público como para o setor empresarial, gerando benefícios para o meio ambiente, para a sociedade e para a economia em geral.

A legislação ambiental estabelece uma série de obrigações a empresas e indivíduos (reciclagem, manutenção de reserva legal, redução de emissões, etc.). Ao mesmo tempo a legislação permite que essas obrigações possam ser cumpridas por meio de créditos ou cotas.

Um exemplo é o cumprimento da Legislação Florestal no que tange à obrigação de criação de reservas legais por todos proprietários rurais e a obrigação de Reposição Florestal (plantio de área equivalente) para toda supressão de floresta e formações sucessoras autorizada pelo poder público.

Tanto a obrigação de Reserva Legal quanto a obrigação de Reposição Florestal podem ser cumpridas com o uso de créditos florestais.

A reserva legal é mecanismo de conservação da biodiversidade obrigatório nas propriedades rurais brasileiras. Na nossa região, cada propriedade deve ter 20% de área gravada como reserva legal.

No entanto, a lei florestal permite ao proprietário rural compensar a reserva legal fora dos limites da sua propriedade, no mesmo Bioma (no caso Mata Atlântica), seja adquirindo uma área equivalente de floresta ou através da aquisição de Cotas de Reserva Ambiental (CRA).

Da mesma forma, proprietários e empresas que tem a obrigação de plantar florestas para compensar cortes autorizados podem adquirir Créditos de Reposição Florestal (CRF) de outros proprietários rurais que realizaram plantio florestal de modo voluntário.

Desde 2012, a BVRio opera a plataforma BVTrade com o Mercado de Cotas de Reserva Ambiental (CRAs) e está em negociação para a implantação dos Creditos de Reposição Florestal (CRF).

[site da BVRio ]

Empreendimentos em Itaipava vão Contra a Qualidade de Vida, Meio Ambiente e Mobilidade Urbana

[ clipping Diário de Petrópolis – Anna Paula Di Cicco ]

A quantidade de novos empreendimentos na região de Itaipava é alarmante e vem crescendo com o passar do tempo. Reflexo disso é o trânsito, já constante nos acessos ao distrito, além do verde que vem sumindo gradativamente. O biólogo José Washington Aguiar, também pós-graduado em Ciências Ambientais, chama a atenção para o perigo de permitir que o local receba um grande número de prédios sem que haja um planejamento que priorize a qualidade de vida na região.

– Em relação aos empreendimentos imobiliários, eles estão acabando com o verde, que era a essência do lugar. Algumas destas áreas são até de encostas. Isso mexe com a qualidade de vida, não só de quem mora, quanto de quem vai para lá. Como vai ser isso daqui a cinco anos? Itaipava não comporta e nem foi feita para isso, alerta.

Associações de Moradores também se posiciona

Ainda em maio deste ano, cerca de 50 associações de moradores, bem como entidades e organizações não governamentais, ligadas a Itaipava e arredores, se reuniram para consolidar o “Movimento Distrito de Petrópolis”, através da assinatura de um Termo de Cooperação. De acordo com a Novamosanta, encontros entre os cooperados incluem diversos debates e trazem os problemas da localidade à tona, em busca de soluções adequadas.

Os seis eixos principais, trabalhados a partir de divisões por grupos responsáveis são: respeito às condições de vida da população dos distritos; plano de desenvolvimento sustentável da região; programa de desenvolvimento da infraestrutura de água, saneamento, energia e comunicação; programa imediato de melhoramento da mobilidade urbana; compromisso de licenciamento de obras mediante avaliação de impacto ambiental, social e de reais condições de infraestrutura, e a destinação de recursos para atendimento à região, compatíveis com as necessidades e a contribuição tributária dos distritos.

( leia aqui na íntegra…)

Projeto Pode Melhorar Trânsito em Itaipava

[clipping (artigo integral) – Tribuna de Petrópolis ]

A nova pista de subida da serra e a construção do Arco Metropolitano, que já teve uma parte inaugurada, estão incentivando a expansão imobiliária na cidade. O motivo é que ambos encurtam a distância entre o Rio e Petrópolis. Com isso, muitos cariocas optam por subir e descer a serra todos os dias em busca de qualidade de vida. Entretanto, a previsão de que existem 4 mil novas unidades habitacionais em andamento na cidade é motivo de preocupação para organizações como a NovAmosanta, que tem como um dos objetivos cooperar com o governo, sugerindo melhorias em todas as áreas de infraestrutura urbana e social.

A preocupação é porque a cidade já enfrenta há anos o problema de mobilidade urbana e com a vinda de mais pessoas, estima-se que o número de automóveis também aumente. E não é só o centro da cidade que sofre com os engarrafamentos. Em Itaipava, principalmente nos fins de semana, trechos que, normalmente são percorridos em 5 ou 10 minutos, podem levar até uma hora.

A jornalista Renata Pompeu, de 39 anos, morava no Rio e há cinco anos se mudou para um apartamento na Granja Brasil, em Itaipava. Ao escolher a cidade para morar ela considerou a melhoria na qualidade de vida, por causa do trânsito e também para fugir da violência da cidade grande. Mas, de uns tempos para cá, Renata está preferindo não sair de casa aos fins de semana para evitar o estresse de ficar parada no trânsito. “A partir de quinta-feira começa o inferno. Não importa a hora que você saia de casa que vai estar engarrafado. Nos fins de semana então, fica impossível transitar, principalmente, entre 11h e 12h”, disse ela, que já chegou a levar uma hora para fazer o trajeto entre Bonsucesso até a reta de Itaipava, próximo ao Colégio Liceu. “Quando mudei não era assim, piorou nos últimos anos. Tenho visto muita gente mudando do Rio para cá, o que está deixando a cidade cada vez mais cheia. Também percebo que a construção da nova pista de subida da serra tem sido o motivo desta migração, porque vai diminuir a distância entre a cidade e a capital, mas acho que tudo isso é ilusão”, destacou.

O presidente da organização [NovAmosanta], Roberto Penna Chaves explicou que alguns estudos sobre mobilidade urbana para a região de Itaipava já foram feitos. Neles, fazem parte além da prefeitura, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Os projetos, que juntos somam, aproximadamente R$ 80 milhões, incluem construção de ciclovia ligando o Parque de Exposições até o supermercado Bramil, alargamento da pista entre o Trevo de Bonsucesso e o Arranha-Céu e ampliação da estrada do Catobira. A previsão é que estas intervenções levem de um a dois anos para ficarem prontas, a partir da data de início das obras.

Roberto comentou que também existe a possibilidade de ampliação da Estrada Mineira indo até o Shopping Itaipava. Além disso, ele disse que há um projeto que prevê o alargamento a pista desde o Retiro até Pedro do Rio. Uma outra opção é prolongar a pista até o Bramil, em Itaipava. “Já em Corrêas e Nogueira seriam construídas rotatórias para evitar que o motorista saia a esquerda de forma direta, o que influencia ainda mais nos engarrafamentos e também a colocação de divisórias de pistas no trecho a curto prazo. Os cruzamentos de pista junto às travessias provocam o gargalo no trânsito. São pequenas intervenções que podem ajudar”, afirmou.

Ele disse ainda que este é um projeto a médio prazo. “Espero que cheguem a um entendimento final para a construção de uma alternativa”, ressaltou.

A condição atual do trânsito, que vem sendo alvo de reclamações de petropolitanos e turistas, Roberto atribui ao aumento explosivo do setor imobiliário. “Com as melhorias na pista de subida e a construção do Arco Metropolitano, vai incentivar um fluxo grande de pessoas para virem morar aqui. Porque a cidade é mais tranquila, o clima é agradável”, disse.