Prefeitura recebe mais um projeto de PPP para mobilidade urbana em Itaipava

(do Diário de Petrópolis em 12/1/2018)

UrbanoItaipavaPPP

Ideia é criar um acesso próximo ao Horto ligando a União e Indústria à Rua Agante Moço, que seria duplicada e pavimentada, se tornando opção para os motoristas em direção ao distrito

A prefeitura conheceu nesta quinta-feira (11) mais um anteprojeto de Parceria Público Privada (PPP) para melhorias de uma via alternativa em Itaipava. A ideia é abrir um acesso próximo ao Hortomercado Municipal e o Corpo de Bombeiros para ligar a Estrada União e Indústria à Rua Agante Moço. O projeto prevê ainda a duplicação da via que fica atrás do Parque Municipal e a pavimentação do trecho – que hoje é de terra. É a segunda iniciativa para melhoria de mobilidade urbana em Itaipava que a prefeitura recebe para análise.

O trabalho foi apresentado ao prefeito Bernardo Rossi pelo arquiteto Guilherme Lima, da Engeprat. O trecho tem cerca de 4 km de extensão e vai até o Shopping Estação Itaipava.

“Nós temos visto que a iniciativa privada quer contribuir com o crescimento do município e a prefeitura quer ser parceira de quem tem este espírito. O projeto apresentado aqui traz uma excelente alternativa para o trânsito daquele local e agora o trabalho é para viabilizar o projeto”, explica o prefeito Bernardo Rossi.

“A ideia é de uma intervenção exatamente no trecho que tem maior retenção e isso acontece porque a pista dupla passa para uma só faixa. O projeto é para dividir o fluxo, com a Rua Agante Moço sendo duplicada até o shopping, em sentido ao centro de Itaipava”, explica Guilherme Lima.

A Rua Agante Moço atualmente não é pavimentada e é estreita. Ela ajuda a aliviar o trânsito da região, mas tem saída em Bonsucesso. Assim, o motorista que entra no tráfego intenso próximo ao Horto fica sem alternativa. A via recebe manutenção com auxílio de uma máquina que faz a raspagem da terra para eliminar os buracos.

Este foi o segundo projeto vindo da iniciativa privada em menos de um mês para melhorar o trânsito em Itaipava. Em dezembro, o arquiteto Aloizio Rodrigues (Zinho) também apresentou uma proposta bloquear um dos lados do trevo próximo ao terminal urbano e construir um acesso entre o supermercado Bramil e um estacionamento. Esse projeto tem o objetivo de reduzir o número de cruzamentos na região, o que pode aumentar a fluidez no trecho.

Tanto um quanto outro projeto vão caminhar agora pela prefeitura e ser analisados pelo corpo técnico de CPTrans, Secretaria de Obras, Secretaria de Meio Ambiente e Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégica, que participaram da reunião com os titulares de cada área (Maurinho Branco, Ronaldo Medeiro, Fred Procópio e Roberto Rizzo). O vice-prefeito Baninho e o secretário da TurisPetro, Marcelo Valente, também estiveram na reunião.

 

300 Pessoas Participam de Abertura da 7ª Conferência da Cidade – NovAmosanta fala sobre Mobilidade

[do Diário de Petrópolis, 26/3/2017]

[foto Diário]
[foto Diário]
A abertura oficial da 7ª Conferência da Cidade contou com a presença de 300 pessoas e apresentou para os participantes a palestra ministrada pelos representantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Renovato e Marco Contardi, que abordou o conceito Smart City – Cidade Inteligente. O evento, realizado na noite de sexta-feira (24.03) no auditório da Faculdade de Arthur Sá Earp Neto (Fase), teve a presença do vice-prefeito Baninho, que representou o prefeito Bernardo Rossi e do presidente do Comcidade e secretário de Planejamento, Meio Ambiente e Desenvolvimento, Marcelo Fiorini.

“O prefeito Bernardo Rossi é um entusiasta das novidades e dos projetos que envolvam tecnologia, mobilidade e dos mecanismos de desenvolvimento que podem ser inseridos no município. Ele solicitou que ratificássemos a importância da Conferência da Cidade para Petrópolis e deseja que o resultado apresentado possa ser o melhor para o município”, disse Baninho.

O palestrante Luciano Moreira, diretor operacional da CPTrans, tecnólogo da Gestão da Produção Industrial, mestrando em Administração de Empresas pelo IBEMEC, abordou as questões como a melhora do fluxo do trânsito, aplicativos integrados a estrutura da cidade e novas opções de transporte dentro do tema Mobilidade Urbana, inserido no primeiro painel do dia. Humberto Medrado, mestre em administração de empresas e doutorando em administração, apresentou conceitos sobre as novas modalidades e geração de matrizes energéticas renováveis e sua aplicação dentro do município.

A questão que envolve a Rodovia BR-040 e a União e Indústria foi abordada pelo empresário e consultor Jorge de Botton, formado em Economia na PUC e MBA em Stanford University, que apresentou alguns projetos para possível solução de problemas em ambas as vias.  (Jorge de Botton é presidente da NovAmosanta – nota do blog)

A mediação da mesa foi conduzida por Flávia Bedelá – doutoranda em Business pela Rennes School of Business – França, Coordenadora Geral de MBA do Ibmec Business School e sócia da Valoro Corporate Advisory. Ela é membro do Conselho da Incubadora Inovadores.

O segundo painel – Tecnologia – teve Ricardo Yoghi como palestrante…   [continuar lendo, artigo na íntegra]

BR-040 – O Impasse – parte II

Fernando Varella
Economista e Vice-Presidente da NovAmosanta

Publicado na Tribuna de Petrópolis em 25/3/2017

Na primeira parte deste artigo (neste blog) comentamos a importância da BR-040, uma rodovia estratégica para o país, por ser um dos eixos de integração fundamentais para a Região Sudeste e, para Petrópolis, pelo seu impacto na vida econômica e social do nosso município. Em seguida, abordamos o fato de que as obras da nova subida da Serra terem ficado por último no cronograma de investimentos da Concer, e, apesar disso, tiveram seu ritmo, gradualmente, reduzido a partir de meados de 2015 e, paralisadas no início de 2016. E, por último, comentamos que o pior dos mundos para Petrópolis é a interrupção dessas obras, e, junto, o mal estado de conservação das duas pistas da Serra. Por causa disso, os moradores, frequentadores e visitantes de Petrópolis reclamam muito, em ter de pagar o segundo mais alto pedágio em rodovias federais de todo o país, sob concessão, e não poderem dispor de uma via de qualidade.

E essa injustiça é maior porque os moradores do município de Duque de Caxias não pagam pedágio pelo uso da rodovia, embora o trecho da Baixada seja o de maior densidade de tráfego. Caso os caxienses pagassem pedágio, mesmo em bases menores, a receita do pedágio da rodovia seria bem maior  e com isso a tarifa cobrada poderia ser bem menor.

Ainda falando de injustiças, destacamos que em função do custo das obras de mudança do novo local da praça de pedágio no km 102 da Baixada, a qual foi inaugurada em meados de 2016, obras não previstas no contrato de concessão da Concer, o valor do pedágio teve um forte aumento. A mudança do local da praça de pedágio só ocorreu em função do lobby dos políticos de Caxias, os quais estão sempre exercendo pressão para beneficiar a população do seu município. No caso, os beneficiários foram os moradores do Distrito de Xerém, único distrito daquele município que ainda pagava pedágio. Conclusão: para isentar os moradores de Duque de Caxias, são realizadas obras de mudança de local da praça de pedágio da rodovia, no km 102, autorizadas pela ANTT e realizada pela Concer, sendo o seu custo reembolsado via aumento do pedágio a ser pago pelos outros usuários, com Petrópolis à frente.

E as injustiças não param aí. Embora nenhum morador de Caxias pague pedágio pelo uso da rodovia, o município continua recebendo, normalmente, sua participação no Imposto sobre Serviços incidente sobre a receita da mesma tarifa, como os demais municípios do Estado do Rio e do Estado de Minas, cortados pela rodovia.

Vários problemas vêm contribuindo para se chegar ao grande imbroglio em que se encontra a manutenção da concessão em favor da Concer, a interrupção da construção da nova subida da serra e o mau estado de conservação das duas pistas de subida e descida. Várias instituições se envolveram na questão, como o TCU, o MPF, a CGU, a Comissão de Transportes da Câmara dos Deputados, além da ANTT e da Concer. O resultado disso é que é decorrido mais de um ano da paralisação das obras, sem previsão da continuidade. Questões como o 12º. Termo Aditivo ao contrato de concessão, celebrado em 30 de abril de 2014, entre a ANTT e a Concer, através do qual foram previstos aportes de recursos federais para a complementação da obra, a ausência de licitação das mesmas obras, e, a recente proibição da extensão do contrato de concessão por parte do TCU, criaram vários problemas legais adicionais para a solução do impasse atual.

Ver: BR-040 – O Impasse – parte I