7a. Conferência Municipal da Cidade de Petrópolis – Palestra da NovAmosanta

Temos a satisfação de informar aos nossos associados e aos cidadãos em geral que a NovAmosanta estará participando da 7a. Conferência Municipal da Cidade de Petrópolis, através de seu presidente, Jorge De Botton, com a palestra, no tema infraestrutura: “Rodovia BR 040 e União Indústria“.

Será oportunidade para discutirmos o presente e o futuro dessas duas importantíssimas vias de acesso e de tráfego no nosso município.

Adiante a programação:

PETRÓPOLIS CIDADE INTELIGENTE
7ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA CIDADE DE PETRÓPOLIS

Local: FASE – Faculdade Arthur Sá Earp Neto
Barão do Rio Branco 1003 – Centro, Petrópolis – RJ – CEP: 25680-120

saearpMapa
Localização (clicar no mapa)

Programação

Dia: 24 de março de 2017 (sexta) – 18h às 21h

Credenciamento, boas vindas do Exmº Sr Prefeito, Aprovação do Regimento Interno,
Palestra sobre CIDADE INTELIGENTE, encerramento.

Dia: 25 de março de 2017 (sábado) – 8h30 às 18h30

  1. 08:30– Painel ,Talk Show e debates – “Infraestrutura” – Temas de debate:
    1. Mobilidade urbana
    2. Energia
    3. Rodovia BR 040 e União Indústria (NovAmosanta)
  2. 10:30h – Painel, Talk Show e debates – “Tecnologia”Temas de debate:
    1. Distrito Inovação
    2. Super computação
    3. Internet das Coisas – IOT

14:30 – 17:00 – Perfil Política de Desenvolvimento: Lei 6018 (incentivos fiscais), Perfil e Vocação Macroeconômica da Cidade
17:15 as 18:00 – Plenária para aprovação das propostas geradas pelos grupos de trabalho.
Encerramento

 

Folheto com mais detalhes sobre as apresentações de infra-estrutura:

palestrasDetalhe

(ver AQUI o site da conferência )

BR-040 – O Impasse – parte I

Fernando Varella
Economista e Vice-Presidente da NovAmosanta

Publicado na Tribuna de Petrópolis em 16/3/2017

A BR-040 é uma das rodovias mais importantes do país, ligando a antiga (Rio de Janeiro) à nova capital do Brasil (Brasília), atravessando importantes regiões e cidades como a Baixada Fluminense, Petrópolis, Juiz de Fora e a Zona da Mata mineira, Belo Horizonte, região de Tres Marias, Sudeste de Goiás e Distrito Federal. Ela é o principal corredor entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, e por isso mesmo, um dos eixos de integração mais importantes da região Sudeste do país.

Para Petrópolis, a BR-040 é estratégica, com forte impacto na vida econômica e social do município. A rodovia, para nós, tem múltiplas funções. Serve de via de abastecimento de matérias primas e escoamento da produção das indústrias locais, acesso mais importante para os frequentadores dos nossos polos de malhas e confecções e para os turistas que visitam a cidade e, ainda, para as pessoas que têm segunda residência em Petrópolis e em Itaipava. Do mesmo modo, a BR-040 é utilizada, diariamente, por milhares de petropolitanos que trabalham ou estudam no Rio e na sua região metropolitana.

A concessão da Concer – Cia. de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio, teve início em 1996. Os investimentos iniciais feitos na rodovia foram concentrados na Baixada Fluminense, com a ampliação das suas pistas incluindo a construção de dezenas de passarelas  e a melhoria de inúmeros acessos. Em seguida, ao invés do início da construção da nova subida da Serra, a opção foi pelo trecho mineiro que teve duplicada a ligação Matias Barbosa – Juiz de Fora, além de novos acessos a diversos municípios, a modernização de pontes e a implantação de câmeras de controle do tráfego.

A construção da nova subida da Serra de Petrópolis ficou por último, só tendo início em 2014, mas teve seu ritmo gradualmente reduzido a partir de meados de 2015 e finalmente, as obras paralisadas no início de 2016. Em função dessa situação, temos, atualmente, duas rodovias em uma, sendo o melhor trecho aquele que vai de Itaipava até Juiz de Fora. O trecho da Baixada Fluminense, com a extensão de 20km, tem problemas de segurança, mas é certamente uma estrada moderna, com bom piso e sinalização viária, bons acessos e até iluminação pública.

O pior trecho, o qual destoa completamente dos demais, é o da Serra de Petrópolis, com suas duas pistas em más condições de uso e as obras inacabadas na nova subida da Serra. Além dos antigos problemas relacionados à uma rodovia construída há 80 anos, com muitas curvas fechadas e falta de acostamentos, temos os recentes problemas da falta de manutenção, com inúmeros buracos, trincados e afundamentos. Do mesmo modo, em função da paralisação das obras  de construção da nova subida, o atual trecho de descida está se deteriorando rapidamente, já apresentando muitos dos problemas de manutenção que acontecem  na subida da Serra.

Para Petrópolis, o pior dos mundos é a paralisação das obras da nova subida da Serra e o mal estado de conservação das pistas de subida e descida. São muitas as reclamações dos frequentadores de Petrópolis, quanto ao estado das pistas da Serra, especialmente em função do alto valor do pedágio cobrado. Diversas entidades da sociedade civil, especialmente a NovAmosanta e a FIRJAN, tem reclamado seguidamente junto à Concer e à ANTT, da injustiça de os usuários petropolitanos da rodovia, os quais tem importante participação na receita do pedágio da rodovia, terem de pagar o segundo mais alto valor do pedágio do país, nas estradas sob concessão federal e não terem uma rodovia de boa qualidade nos trechos da Serra.

Continuação: BR-040 – O Impasse – parte II

Prefeitura diz que vai cobrar contrapartida em investimentos imobiliários

[do Diário de Petrópolis em 2/3/2017 – por Philippe Fernandes]

Após o Diário de Petrópolis ter noticiado que mais um empreendimento imobiliário pode ser construído na região de Itaipava, a Prefeitura anunciou que vai continuar estimulando essas construções, mas irá atuar com maior rigor na exigência de contrapartidas por parte dos investidores. Na sexta-feira (24), o Diário mostrou a preocupação dos moradores do terceiro distrito com a possibilidade de construção de um novo conjunto habitacional na Fazenda Bela Vista – localizada na Rua Agante Moço, que fica atrás do Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes.

(foto Diário de Petrópolis)
(foto Diário de Petrópolis)

A Fazenda Bela Vista é uma das poucas áreas verdes ainda disponíveis em Itaipava, após a construção de diversos “espigões” que descaracterizaram o bairro nas últimas décadas. No caso da Fazenda Bela Vista, ainda há o agravante da falta de infraestrutura da Rua Agante Moço. A via, estreita, não tem largura suficiente para dois veículos trafegarem em sentidos opostos. Além disso, a rua não é asfaltada e parte dela está cedendo, nas proximidades do Condomínio Lagos de Itaipava.

De acordo com a Prefeitura, os empreendimentos construídos na região de Corrêas tiveram licenciamento aprovado sem a exigência de estudo de impacto de vizinhança e a melhoria de vias alternativas, para escoar o tráfego. Mesmo assim, no entanto, o município afirmou que está estudando formas de garantir contrapartidas das construtoras, compensando os efeitos das construções.

O processo de adensamento populacional sem a exigência de itens como estudo de impacto de trânsito, rede de água e esgoto, além de melhorias no arruamento das vias alternativas e iluminação pública nos últimos 30 anos, possibilitado pela construção de conjuntos habitacionais em diversas áreas da cidade, é apontado por urbanistas e entidades representativas da sociedade como um dos fatores determinantes para aumentar os congestionamentos no trânsito dos bairros, trazendo efeitos para a qualidade de vida da cidade.

Acredito que qualquer empreendimento (*) teria que ter contrapartida para o arruamento, e os grandes empreendimentos teriam que ter análise individual, para que a Prefeitura possa analisar caso a caso e buscar uma solução sobre o que pode ser feito em diversas áreas, como a distribuição de água, saneamento básico, acesso e demais melhorias. Desta forma, teríamos o crescimento, que é necessário, mas de forma sustentável. Isso beneficiaria inclusive os novos condomínios e seus moradores – afirmou, na sexta, o presidente da ONG NovAmosanta, Jorge de Botton. (grifo nosso)

—————————————————-

(*) Nota da NovAmosanta: A NovAmosanta há tempos vem propondo, para debate, uma lei de impacto sobre a vizinhança para grandes empreendimentos (vide em documentos, nesse blog), sejam de qualquer natureza, tais como comerciais, industriais ou residenciais. Impactos ambientais, na mobilidade e no saneamento precisam ser analizados pela prefeitura, apenas para grandes empreendimentos, visando permitir o crescimento sustentável da região. A NovAmosanta propõe, ainda, que o CRPD (Conselho Revisor do Plano Diretor) desenvolva um plano de crescimento urbano da região para que a prefeitura possa melhor direcionar o crescimento do município.

Itaipava. Entre o Parque Municipal e a Fazenda Bela Vista está a Estrada da Mineira, possivelmente de nome "Agante Moço" no trecho. Google Maps em 3/2/2017.
Itaipava. Entre o Parque Municipal e a Fazenda Bela Vista está a Estrada da Mineira, possivelmente de nome “Agante Moço” no trecho. Google Maps em 3/2/2017. (mapa acrescentado pelo blog)