UERJ – 1,2 e 3/12: Geotecnologias na Gestão Pública

Gestão, integração, solução.

[UERJ-LABGIS] – Vivemos sob uma ordem econômica e social que impõe que ágeis processos de tomada de decisão estejam capilarizados em todos os níveis de organização, seja do setor privado, seja do setor público.

A visão moderna de governança pública faz do planejamento estratégico o vetor primordial para a adequada concatenação do binômio gestão-desenvolvimento econômico e social, onde o uso das Geotecnologias tem papel preponderante.

Mas não basta ao Poder Público demonstrar capacidade de planejamento. É absolutamente fundamental que ele disponha de quadros técnicos e gerenciais capacitados para garantir, executando ou fiscalizando, a consecução dessas ações estratégicas.

Consolida-se, definitivamente, a imprescindibilidade, para a gestão pública, do uso de dados referenciados sobre o espaço, tecnicamente definidos como dados geográficos. Para a eficaz aquisição e manipulação desses dados é que lançamos mão de Geotecnologias, tais como mapas interativos, sistemas de posicionamento global, satélites com sensores remotos, entre outros.

Neste contexto, este meeting anual sobre Geotecnologias na Gestão Pública objetiva constituir-se em espaço privilegiado para a troca de experiências entre os entes públicos federais, estaduais e municipais.

Gestores e técnicos nas áreas de planejamento, segurança, meio ambiente, saúde, desastres naturais, legislação, energia e outras áreas poderão debater seus projetos, suas ideias, seus avanços e desafios no uso das informações geográficas na gestão de suas respectivas áreas.

Neste ano o evento terá como foco a região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro e os desafios da integração das políticas fluminenses. No dia 03 de dezembro teremos minicursos com o objetivo de levar capacitação e atualização aos agentes públicos e privados sobre temas recentes da área das Geotecnologias.

No segundo dia ocorrerão seções de palestras com apresentações de cases de órgãos públicos, trazendo casos de sucesso, desafios e inovações para o planejamento da área metropolitana fluminense.

As inscrições aos dias de palestras são online e sobre duas modalidades: presencial e online. As palestras do dia 02 de dezembro possuem inscrições gratuitas e serão proferidas no Auditório 11 do Campus Maracanã da UERJ. Todo o evento será transmitido ao vivo pela Web.

Coordenação: Rui Alberto Azevedo dos Santos – rui@uerj.br
Coordenação-Técnica: José Augusto Sapienza Ramos – sapienza@labgis.uerj.br

1/12: Evento Paralelo: II Foro Mundo UNIGIS Rio de Janeiro
2/12: GGP: Seção de Palestras e Mesa Redonda
3/12: GGP: Minicursos.

Veja o sitehttp://www.ggp.uerj.br/2015/palestras-e-cursos/

Diagnostico Sócio-Ambiental da Bacia da Manga Larga – Os Moradores Estão Agindo

Bom ver que a sociedade civil do Município de Petrópolis está ativa !

A Associação de Moradores e Amigos da Manga Larga (AMAM) contratou um trabalho de Diagnostico Sócio-Ambiental e vai apresentá-lo sábado próximo. É importante ir e conhecer o que estão fazendo. E como estão fazendo.

Eis o texto do convite enviado pela Lilian Lobato, presidente da AMAM:

“Associação de Moradores e Amigos da Manga Larga tem o prazer de convidá-lo para a apresentação do DIAGNOSTICO SÓCIO-AMBIENTAL DA BACIA DA MANGA LARGA, trabalho custeado pelos moradores do bairro com o objetivo de subsidiar a gestão sustentável desse território e a prevenção de riscos causados por eventos climáticos extremos.

A implantação de instrumentos de planejamento e gestão territorial direcionados à conservação  ambiental é uma necessidade urgente e atual, sobretudo na Região Serrana, no sentido de se preservar vidas humanas e seus bens materiais, assim como garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos.

Não deixe de comparecer !   Contamos com sua presença !”

Quando: sábado, dia 13 de abril, às 9:30 horas.
Local: Centro General Ernani Ayrosa – CGEA, Estrada Jerônimo Ferreira Alves, Manga Larga, Itaipava

Geotecnologias (SIGs) na Gestão Municipal (UERJ)

Ontem (9/4) ocorreu a palestra “Administração Municipal de Precisão”, na UERJ, no Rio de Janeiro. Muito interessantes a mesa redonda (que, de passagem, não era redonda) e as diversas apresentações.

Essa nota não é completa em relação aos assuntos tratados, mas dá uma idéia de pontos abordados.

Abertura e Mesa Redonda

Na introdução e na “mesa redonda” foram expostos vários aspectos da administração municipal, inclusive a necessidade de capacitação dos técnicos dos municípios.

Interessante o posicionamento da UERJ no sentido de ser fomentadora da troca de idéias e experiências entre as prefeituras do RJ, bem como a disposição em levar aos municípios o expertise disponível na Universidade.

Significativa do apoio do estado do Rio à iniciativa foi a presença, na mesa, de João Regazzi Gerk, Superintendente da Secretaria de estado de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro.

Apresentações

O grande foco das apresentações foi o relato da adoção, por algumas prefeituras brasileiras (“algumas significa talvez uma dezena dentre as aproximadamente 5.000) de sistemas de sistemas de informação georeferenciados – SIGs).

Os sistemas de informação georeferenciados, colocam, em mapas dinâmicos, informações disponíveis sobre o município. (isso muito brevemente – voltaremos ao tema em outro post).

Apresentaram seus casos de implantação de GIS as prefeituras de Vitória, Belo Horizonte, S.Paulo e Rio de janeiro (esta não pudemos assistir).

Cada prefeitura tinha sua história de implantação de SIG, devido a fatores históricos e de tamanho do município.

Além das prefeituras, Marcelo Bialek (empresa Imagem) falou dos sistemas SIG e implantações em prefeituras de forma geral. É gerente de contas na empresa, representante da ESRI (distribuidor), fabricante do software ArcGIS.

O professor Richard Resl da Universidade de San Francisco de Quito fez uma apresentação, sobre “Exemplos Internacionais de uso das Geotecnologias na Gestão de Cidades.

Ao fim da apresentação o prof. Resl falou de um projeto, um “contraponto” ou “complemento” à geotecnologia para adminstração das cidades: o projeto “Geo-citizen Framework”, que permite ao cidadão identificar, relatar, discutir e resolver problemas de planejamento espacial localmente. Embora essa pareça o estágio final da introdução dos sistemas geo-referenciados na administração municipal, na verdade pode ser pensada como uma etapa paralela.

Alguns Tópicos

Adiante apresentamos alguns tópicos da reunião, de forma livre.

  1. Aparentemente o sistema ArcGIS, da empresa ESRI é líder de mercado na tecnologia.
  2. Há concorrentes, inclusive sem custo (a verificar)
  3. Algumas prefeituras iniciam o SIG pelo cadastro de arrecadação de IPTU, por dar retorno financeiro mais óbvio.
  4. Para implantação de um SIG é necessário que os dados da prefeitura que serão georeferenciados estejam disponíveis e sejam de qualidade.
  5. Um ponto de atenção é a manutenção dos dados, que deve e pode ser feita pelas áreas que o geram (não foram detalhadas as interfaces de sistemas usadas)
  6. Foram relatados casos de dificuldade nessa atualização. (deve ser preciso motivar o fornecedor da informação – uma forma clássica é que a própria entidade fornecedora se beneficie das informações rgistradas)
  7. É possível a conversão de informações tipo CEP em coordenadas latitude e longitude.
  8. Uma outra opção, também usada, é a geração das coordenadas no cadastramento de novas informações.
  9. Daí se conclui que pode haver um tratamento diferenciado para diversos cadastros da prefeitura, porém precisa haver uniformidade no tratamento básico dos dados, de forma a que o resultado seja harmônico e interoperável.
  10. O palestrante de Belo Horizonte falou de diversos sistemas “clientes”, cada um se adequando mais ás necessidades de uma área funcional.
  11. Permitem essa diversidade, mantendo uma base central unificadora das informações e o acesso à base através de “API”s (pontos técnicos de acesso para programas)
  12. No caso de Belo Horizonte foi feita modelagem formal (no sentido de informática) das entidades dos mapas. (ex informal: um município é um polígono, um distrito é um polígono, um município contem diversos distritos, etc…)
  13. A base de dasdos georeferenciadas de Belo Horizonte é Oracle, por razões anteriores. (podem ser usadas outras bases que acolham informações geo)
  14. Existem normalmente custos associados à obtenção dos mapas básicos, nos casos apresentados através de levantamento por sobrevoo.
  15. Um foco do georeferenciamento para prefeituras (que na verdade deveria ser foco para os demais sistemas de informação municipais) é o compartilhamento de informações.

Notas

Há formas de se hospedarem informações georeferenciadas em computadores alugados ou em serviços de hospedagem. (a própria ESRI oferece o serviço).  Isso minimiza a necessidade de administrar equipamentos mas coloca o problema de quais informações a prefeitura gostaria de colocar sob cuidados de  “a terceiros”, tanto por confidencialidade quanto por segurança. (essa questão se aplica, na verdade a qualquer sistema).

Algumas informações são, na verdade, públicas por natureza e, divulgadas, enquadram-se na chamada “transparência” administrativa. Outras talvez não.

Um passo (a nosso ver) inicial para a implementação de sistemas georeferenciados é um planejamento de informática que incluirá a determinação do estado dos sistemas atuais do município.

Nesse plano se inclui, mais cedo (como querem muitos) ou mais tarde, o georeferenciamento; trata-se de um projeto que pode ser mais ou menos ambicioso, pode incluir um piloto, precisa ter preocupação com a continuidade; a rigor isso vale para qualquer projeto.

Por hora ficamos por aqui.

Links

No momento apenas o link da palestra, já ocorrida:

http://www.amp.uerj.br/#