Obra na União e Indústria Volta à Estaca Zero Mais Uma Vez

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(foto A Tribuna)

[ Tribuna de Petrópolis ]

Depois de sete anos, ainda não foi cumprida a decisão judicial que determinou ao Departamento Nacional de In- fraestrutura de Trânsito (Dnit) que realize obras de recupea- ção da Estrada União e Indús- tria, no trecho entre o Palácio de Cristal e Pedro do Rio.

O diretor de Infraestrutura Rodoviária do órgão federal, Luiz Antônio Ehret Garcia, disse ontem ao prefeito Ber- nardo Rossi, em Brasília, que a concorrência pública reali- zada oara cumprir a sentença judicial de 2009 já não tem valor e que o processo terá de ser reiniciado. O assunto foi tratado em audiência que teve a presença do presidente da Câmara, Paulo Igor, do secretário Ronaldo Medeiros e do presidente da CPTrans, Maurinho Branco. No encon- tro, o prefeito reivindicou ao departamento que faça as inter- venções necessárias na rodovia para que, após a conclusão, ela seja municipalizada.

A União e Indústria é a principal ligação do Centro com os distritos. Sua importância é histórica: ela foi a primeira rodovia mecanizada do Brasil, inaugurada em junho de 1861 por D. Pedro II. No entanto, isso pareceu não ser o su ciente para sua preservação até agora. A estrada está abandonada, com buracos em praticamente toda a sua exten- são e trechos que apresentam alto índice de acidentes.

A estrada foi abandonada pela União depois da inaugu- ração da BR-040, na década de 1970, ao mesmo tempo que cresceu o movimento e sua importância na ligação entre o Centro Histórico e os distritos.

O DNIT justi cou a não realização das obras a que estava obrigado, informando  que a empresa que venceu a concorrência pública para a reforma da União e Indústria deveria ter iniciado as intervenções em abril de 2015, no entanto, desistiu das obras. A segunda colocada do processo estava impedida de contratar com o governo e a terceira demonstrou, à época, não ter interesse em seguir com o processo. Desde então a situação está parada e cabe, agora, ao Dnit abrir uma nova concorrência pública.

“A diretoria do Dnit informou que vai realizar uma vistoria na estrada nos próximos dias para poder fazer o novo termo de referência, que vai nortear o projeto e para que a licitação seja feita. Na época essa intervenção estava avaliada em R$ 39 milhões, valor que, corrigido, estará mais alto. Esse custo, no entanto, não sairá dos cofres de Petrópolis, já que o processo de municipalização só será realizado após a conclusão das obras”, explicou o secretário de Obras, Ronaldo Medeiros.

O diretor-presidente da CPTrans, Maurinho Branco, avaliou positivamente o encontro. “Conversamos com as pessoas que realmente têm interesse em resolver essa situ- ação. As intervenções da União e Indústria vão gerar impacto positivo para a cidade. Com as ruas sem buracos o trânsito ui melhor. A mobilidade da cidade tem muito a ganhar com isso”, analizou.

No  processo  judicial,  em 2009, o governo federal ficou obrigado  pavimentar  a  rodovia,  corrigir  curvas  muito perigosas  e  construir  acostamentos,  prevendo  pontos  de ônibus. Até agora, só realizou uma operação tapa-buracos, no trecho do Retiro.

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