Carbografite se prepara para iniciar obras da nova unidade no Distrito Industrial da Posse

Fonte: Diário de Petrópolis – 1/12/2016 [clique]

Governo eleito de Bernardo Rossi apoia a empresa para instalação de 11 galpões.

Com oito unidades em Petrópolis, a Carbografite – empresa especializada nas áreas de solda, segurança industrial e ferramentas, inclusive no mercado externo – se prepara para iniciar as obras do Condomínio Ecológico Industrial que será instalado no Distrito Industrial da Posse. A Carbografite é umas das âncoras a se instalar na região, que tem ICMS diferenciado a 2,5% desde 2010.

Nesta quarta-feira (30.11), o vice-prefeito do governo eleito, Baninho, acompanhou representantes da empresa petropolitana em encontro com o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), Ângelo Monteiro Pinto. O órgão é responsável pela Estrada Silveira da Mota, onde está localizado às margens o Distrito Industrial, e por conceder a licença de acesso aos terrenos.

“Esse é um compromisso de campanha: fazer o Distrito Industrial da Posse sair do papel de verdade. E já estamos ajudando a empresa a obter as licenças necessárias para iniciar sua atuação”, afirma o vice-prefeito eleito, Baninho.

A tributação diferenciada para o Distrito Industrial da Posse foi uma conquista do prefeito eleito Bernardo Rossi como deputado estadual ainda em 2011. Mesmo com o incentivo fiscal, a área não foi aproveitada pelas gestões municipais para atrair empresas. “O governo de Bernardo Rossi não medirá esforços para fazer com que esse projeto tão importante para o desenvolvimento de Petrópolis saia de fato do papel e fomente nossa economia com empresas petropolitanas e atração de novas e de fora.

Hoje esse apoio foi reforçado pelo presidente do DER, Ângelo Monteiro Pinto, que nos garantiu agilizar a entrega da licença da Carbografite, prevista para a próxima semana, para que a empresa possa iniciar a obra. O novo governo está de portas abertas para ajudar não só a Carbografite, mas todas as interessadas em se instalar no Distrito, dando todo apoio estrutural”, afirmou Baninho.

O condomínio ecológico industrial da Carbografite terá 11 galpões, sendo dois para instalação da nona unidade da empresa, restaurante e diversos serviços em comum para serem oferecidos também nos 9 galpões que serão disponibilizados para atração de novos empreendimentos. O projeto do espaço foi elaborado, ainda, com princípios de sustentabilidade, com receptação de água da chuva para ser reaproveitada; aquecimento solar; bicicletário, para estimular o uso de veículos não poluentes; entre outros.
“Ficamos felizes com a previsão da entrega da licença, o que falta para iniciarmos as obras.

O Distrito Industrial da Posse foi a solução ideal para a empresa, que está se expandindo, e nele encontrou três pontos positivos: a facilidade de acesso, a logística e, certamente, a redução do imposto”, comemorou o contador da empresa, Ivanir Jorge, que estava acompanhado do engenheiro responsável pelo projeto do condomínio, Marcos Pacisici, e do gerente de Comércio Exterior, José Wellington Barroso.
Segundo Ivanir, com as obras iniciadas assim que a licença for concedida, a previsão é que o condomínio comece a funcionar no início de 2018.

“É muito bom ver uma empresa petropolitana, de renome e credibilidade no mercado se instalar no Distrito Industrial da Posse, além de ter no seu projeto galpões já para outras empresas ali se instalarem, dando respaldo ao projeto. E sendo também incentivadora para que outros empreendimentos também invistam e se instalem no local”, defende Baninho.

Audiência pública na terça-feira (22) debate LOA 2017

do Diário de Petrópolis

Com receita estimada em R$ 881 milhões, a Lei Orçamentária Anual para o exercício do ano de 2017 será debatida em audiência pública a partir das 19h de terça-feira (22) no plenário da Câmara de Vereadores. A LOA estabelece receita e fixa despesas para o exercício do ano seguinte. A análise feita por técnicos da Câmara sobre o orçamento para o ano que vem aponta um déficit de R$ 60 milhões na folha de pagamento dos servidores da Saúde. O projeto apresentado pelo executivo prevê ainda redução de mais de 50% de recursos para áreas importantes, como segurança pública, trabalho e habitação.

“O orçamento é a peça mais importante para o legislativo, pois é ele que determina quanto vai ser investido em cada uma das áreas da cidade. Ele prevê quanto a prefeitura vai investir em Saúde, em Educação, em obras, enfim, é o projeto que estabelece o planejamento financeiro da cidade. Por isso é importante que a população acompanhe a audiência pública da LOA”, explica o presidente da Câmara, Paulo Igor.

O prazo para propor emendas à LOA 2017 encerra às 18h desta segunda-feira (21). Para emendas populares as propostas devem cumprir exigências previstas na Constituição Federal, na Lei Orgânica do Município e no Regimento Interno da Câmara. Entre os itens previstos está, por exemplo, a necessidade do autor da proposta indicar de onde virá a receita para a execução do projeto. Outro ponto a ser considerado é que a ação deve estar prevista dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “A população pode participar encaminhando as propostas à Comissão de Finanças e Orçamentos, ou ao vereador com o qual a pessoa mais se identifique, mas isso precisa ser feito dentro do prazo”, explica Paulo Igor, lembrando que as propostas serão analisadas pelos vereadores e pela Comissão.

Nove emendas já apresentadas podem movimentar R$ 41,9 milhões

Na audiência, parlamentares defenderão propostas de emendas, entre as quais nove sugestões já protocoladas na secretaria legislativa da Câmara que juntas poderão remanejar R$ 41,9 milhões se aprovadas. Entre as propostas apresentadas está a destinação de mais R$ 36,6 milhões para cobrir parte do rombo na folha de pagamento dos servidores da Saúde.

“Esta é uma proposta importante para ajudar a reduzir o rombo na folha de pagamento dos servidores da saúde no ano que vem. A previsão apontada pelos técnicos que avaliaram a LOA é de que o déficit com a folha passe de R$ 60 milhões, o que é muito preocupante”, avalia Paulo Igor.

Outra proposta de emenda prevê a destinação de R$ 2,8 milhões para elaboração do Plano de Mobilidade Urbana. As emendas preveem ainda a destinação de R$ 540 mil para reforma em escolas; R$ 500 mil para drenagem e desassoreamento de rios; igual valor para manutenção de bibliotecas e também para custear cuidados veterinários a animais de rua. Propostas apresentadas pelos vereadores estabelecem também remanejamento de R$ 200 mil para a compra de equipamentos para atendimento na rede de saúde; igual valor para a construção de gavetas no cemitério; e ainda R$ 80 mil para incentivo à produção de artesanato. As nove emendas protocoladas até o momento foram apresentadas pelos vereadores Gilda Beatriz, Reinaldo Meirelles e Anderson Juliano.

Petrópolis – Os Desafios do Futuro – Parte 3

Por: Fernando Varella – Economista e Vice-Presidente da NovAmosanta
08/11/2016


Nas duas partes iniciais deste artigo, comentamos a queda contínua de Petrópolis nos diversos rankings de avaliação dos municípios brasileiros. Também, identificamos algumas das razões do menor avanço de Petrópolis, em termos de desenvolvimento econômico, quando comparado ao de outros municípios. O resultado das eleições locais, deste ano, identifica que muitas das demandas e aspirações prioritárias da sociedade não vinham sendo, convenientemente, atendidas pela administração municipal.

Temas como infraestrutura, habitação popular (os especialistas estimam uma demanda acumulada de 15.000 unidades), saneamento básico, mobilidade urbana, transportes coletivos, manutenção e limpeza das vias públicas, coleta domiciliar de lixo e a falta de qualidade nos serviços de educação e saúde, são alguns dos itens de uma longa lista de reclamações. O orçamento aprovado pelo atual Prefeito para o exercício de 2017, da ordem de R$ 800 milhões, permanece, há 4 anos seguidos no mesmo patamar. O resultado é que os recursos para investimentos, no ano que vem, são de apenas R$ 13 milhões que correspondem a 1,5% do total do orçamento.

A falta de recursos, também, é resultado da falta de planos e metas, conhecidos e apoiados pela sociedade e que acabam gerando o mau uso dos recursos públicos, com a decisão dos gastos prioritários decidida apenas por um pequeno grupo. A falta de um planejamento estratégico com visão de futuro, e a ausência de planos de governo acabam, também, na ausência de bons projetos, com sua viabilidade técnica e econômica devidamente equacionados, fundamentais para a obtenção de recursos adicionais ao orçamento municipal. Do mesmo modo, a ausência de planejamento, com metas e objetivos bem definidos, não permite à Prefeitura utilizar adequadamente os ativos do município para atrair negócios e investimentos.

Um grande exemplo é Blumenau. Aquela cidade catarinense começou a implementar, em 2008, o Projeto Blumenau 2050, um plano estratégico, com visão de futuro,  coordenado pela Prefeitura local, em parceria com a sociedade, visando estruturar e estabelecer um plano de diretrizes e ações para o município, relacionados a planejamento territorial de curto, médio e longo prazos, com previsão de implantação até 2050. O plano pretendia, ainda, servir como agenda de planejamento e documento-base de diretrizes para os próximos prefeitos, com foco em cinco grandes eixos: a) Uso e Ocupação do Solo; b) Sistema Viário e Transportes Coletivos; c) Intervenções para o Desenvolvimento Econômico, Turismo e Lazer; d) Habitação e Regularização Fundiária; e) Saneamento e Meio Ambiente. O plano teve início num diagnóstico técnico amplo da realidade do município, identificando os potenciais da cidade e o estabelecimento de diretrizes de planejamento por meio de uma discussão ampla com especialistas e a sociedade local. Simultaneamente, eram examinadas experiências de sucesso dentro e fora do país. Como decorrência, Blumenau definiu vários projetos impactantes para o seu desenvolvimento, obtendo através deles variados tipos de recursos, de longo prazo e baixíssimo custo, entre eles um aporte de US$ 105 milhões do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento.