Do Diário de Petrópolis
A nova pista de subida da serra, uma das prioridades para o desenvolvimento econômico de Petrópolis no rol de ações de infraestrutura elencadas pelo movimento empresarial Petrópolis 2030, será assunto em reunião com o governador Cláudio Castro. Prestes a ser aberta licitação para nova concessão da BR-040, a meta, sendo considerada uma agenda política, é garantir a execução da pista como prioridade, independente do modelo a ser adotado para a concorrência. Uma ação com peso político e que pode ser decisiva para a execução da nova pista foi defendida pelo secretário estadual de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal, com representantes das 24 entidades empresariais que compõem o movimento nesta sexta-feira (26) à tarde no auditório da CDL Petrópolis.
“Vamos mobilizar o governador para que seja uma tratativa política com o governo federal. Uma das possibilidades para as novas concessões é de a união assumir obras estruturais para que elas aconteçam em curto período de tempo e que não estejam atreladas ao plano de exploração das rodovias. Pela importância que a BR-040 tem para Petrópolis e todo o Estado do Rio, vamos levantar todas as alternativas possíveis para a nova concessão e toda a estrutura física que é necessária para a estrada operar com qualidade”, antecipou Hugo Leal.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis, Cláudio Mohammad, a iniciativa de Hugo Leal vai ao encontro do que o movimento Petrópolis 2030 almeja em 20 propostas iniciais que estão sendo levadas ao governo estadual ‘agente público que identificamos com potencial de recursos e a celeridade para executar as intervenções e promover os programas que apresentamos”, afirma.
A nova pista de subida da serra, além de melhorias ao longo da BR-040, já foi identificada como um dos gargalos para o desenvolvimento não apenas de Petrópolis, mas para o Estado do Rio. “A nova concorrência é uma ‘janela’ que nos favorece para uma concessão em melhores termos. E o governo federal já sinalizou que pode aplicar recursos para garantir sua exequibilidade em curto período. Então, vamos por este caminho para pavimentar o futuro de Petrópolis”, avalia Hugo Leal.
O secretário estadual de Energia e Economia do Mar, cita o empenho do governo Cláudio Castro pela mobilidade nos acessos a Petrópolis assumindo a ligação Bingen-Quitandinha com a aplicação de R$ 3,2 milhões em recursos para reversão de pista para a conexão entre os bairros, obra que será iniciada nas próximas semanas, uma espera de mais de 80 anos.
Jorge de Botton, da NovAmosanta e Marcelo Fiorini, presidente do Sicomércio, que acompanham a questão da BR-040, pontuaram sobre a penalização de Petrópolis ao longo dos anos. “A nova concessão precisa garantir investimentos no ‘nosso trecho’ tão expressivos quando entre Juiz de Fora e Belo Horizonte”, prega Jorge de Botton. “É a oportunidade agora de um novo modelo que, de fato, beneficie Petrópolis em vários aspectos, incluindo um pedágio mais justo”, defende Marcelo Fiorini. Julio Taloun, presidente da representação serrana da Firjan, também acentuou a questão, que integra o Mapa de Desenvolvimento do Estado do Rio 2016-2025, como “essencial para melhorar a competitividade das empresas, fomentar negócios e contribuir para o crescimento dos municípios”.
Para o presidente da CDL, que lidera o movimento, é importante enfatizar que a agenda do Petrópolis 2030 segue em sincronia com o pleito da nova pista de subida da serra. “As demais propostas que foram identificadas pelos setores estão sendo levadas ao estado simultaneamente. Temos as prioridades como a nova pista de subida da serra, mas temas que podem ser trabalhados par e passo com os demais envolvendo outras áreas sempre visando a sua execução e como podem mudar a realidade de Petrópolis com a infraestrutura adequada e condizente com que a cidade precisa hoje para ser competitiva, ampliar sua qualidade de vida e atrair investimentos”, destaca o presidente da CDL Petrópolis, Cláudio Mohammad.
Gás natural encanado e energia elétrica já tem agendas com Enel e Naturgy
A eficiência no abastecimento de energia e ligação para novos projetos e ainda a expansão do fornecimento de gás natural encanado ganharam agendas paralelas que serão tratadas diretamente com técnicos da Enel e da Naturgy, concessionárias do serviço no Estado. Os temas foram apresentados ao titular da pasta de Energia e Economia do Mar que abraçou a causa proposta pelo movimento empresarial.
Na próxima reunião com da Enel, em junho, serão elencados todos os projetos que hoje estão tendo dificuldades de execução esbarrando nos trâmites da Enel. Num primeiro momento será feita uma força-tarefa para que haja celeridade nestes processos e, no movimento seguinte, será cobrado da empresa os reais investimentos no abastecimento de energia elétrica para a cidade nos próximos anos. A pauta foi tratada com os representantes da Enel, Jonanthan Novaes, gerente de relacionamentos com o poder público e Rafael Rolling, gerente de operações, presentes à reunião, já envolvidos no assunto pelo secretário Hugo Leal.
“Precisamos de compromissos e respostas rápidas. Com os gerentes da Enel aqui já colocamos a nossa pauta que será tratada de forma simultânea e, da mesma forma, será feito com a Naturgy. O gás natural vai ser matriz energética principal no estado até 2025 e é indutor do desenvolvimento. Está sendo discutido a ampliação de fornecimento em cidades da região metropolitana e entorno e Petrópolis, que teve expansão interrompida, pode e deve ser inserida nestes projetos”, assinala Hugo Leal.
Movimento Petrópolis 2030 propõe o desenvolvimento econômico
O movimento Petrópolis 2030 ganhou nas últimas semanas a adesão de mais duas entidades empresariais perfazendo 24 instituições que representam a cadeia produtiva de Petrópolis. Elas elencaram 20 projetos iniciais que estão sendo tratados com o governo do estado para colocar a cidade na rota do desenvolvimento. “É um trabalho para ‘destravar’ a cidade que está organizado e consistente e todos tem contribuições precisas porque estão no dia a dia de Petrópolis”, afirmou Elisabete Gastaldel, presidente da Associação dos Profissionais da Contabilidade de Petrópolis, novo associado ao movimento ao lado do Instituto Philippe Guédon.
O movimento empresarial nasceu da convergência de ideias de representantes de vários setores produtivos na cidade que identificam que é preciso reverter, em pouco tempo, o esvaziamento econômico que Petrópolis sofre. Reunidas, as instituições elencaram 20 propostas básicas de obras, programas e equipamentos que podem mudar essa realidade e estabeleceram como meta o ano de 2030 para que estejam em funcionamento estas reivindicações.
As primeiras 20 propostas do movimento Petrópolis 2020 foram divididas pelos setores de Transporte, Infraestrutura, Tecnologia, Defesa Civil, Segurança, Turismo, Eventos e Desenvolvimento Econômico. Os projetos incluem a ligação Bingen-Quitandinha e a nova pista de subida da serra, a revitalização da Rua Teresa, um centro de convenções, uma escola de cervejaria, melhoria no abastecimento de energia, expansão do gás natural encanado e investimentos em segurança. Além disso, há a urgência da criação da Faculdade de Tecnologia e inclusão de um curso de tecnologia no ensino médio em Petrópolis, uma campanha de divulgação da cidade para consolidar o turismo e atrair investimentos, a instalação de um radar meteorológico de última geração e um heliporto.
As entidades envolvidas têm representantes da Indústria (Firjan), Comércio (Sicomércio, Arte e CDL), Construção Civil (Sindicato da Construção Civil), Confecção (Sindicato da Indústria de Confecção), Tecnologia (Serratec), Hotelaria (Petrópolis Convention, Sindicato da Indústria Hoteleira e ABIH-RJ), Eventos (AssociEventos), Cervejaria (Associação de Microcervejarias de Petrópolis e Sindicato das Indústria de Alimentos e Bebidas de Petrópolis), Alimentação (Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria de Petrópolis).
Também fazem parte o MercoSerra, Associação de Guias de Turismo de Petrópolis, Associação Comercial e Empresarial de Petrópolis, Associação dos Profissionais da Contabilidade de Petrópolis, Instituto Philippe Guédon, NovAmosanta, Conselho Comunitário de Segurança, Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos, Associação Petropolitana de Preservação Ferroviária e o Museu Imperial.
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